sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ESV Mocidade Mangueirense


Nome da Escola: Escola de Samba Virtual Mocidade Mangueirense
Fundação: 27/12/2009
Cidade-Sede: Campos dos Goytacazes
Cores: Rosa, Branco e Verde
Símbolos: Pandeiro

Presidente e Carnavalesco:Libiana Dável Muniz
Intérprete: Walter Gomes Coelho de Almeida
Enredo: Mangueira
INTRODUÇÃO
Neste desfile não mostraremos momentos tristes, nem perda de grandes nomes da verde e rosa, neste desfile, mostraremos o que há de melhor da verde e rosa, sua velha guarda, seus desfiles vitoriosos, e até seis desfiles grandiosos que por algum motivo não conseguiu o campeonato, e não podíamos esquecer de alguns de seus grandes sambas.

A MANGUEIRA

Como diz sua própria exaltação:

“Mangueira teu cenário é uma beleza
Que a natureza criou
O morro com seus barracões de zinco
Quando amanhece que esplendor
Todo mundo te conhece ao longe
Pelo som dos seus tamborins
E o rufar do seu tambor
[...]
Mangueira teu passado de glória
Está gravado na história
É verde e rosa a cor da tua bandeira
Prá mostrar a essa gente
Que o samba é lá em Mangueira”
(Hino de Exaltação à Mangueira. Enéas Brites Da Silva / Aloísio Augusto Da Costa)

Mangueira, escola de samba carioca criada no ano de 1928, na travessa Saiao Lobato pelos arengueiros (torcedores do famoso bloco dos Arengueiros) Zé Espinguela, Saturnino Gonçalves, Massu, Cartola, Pedro Caim e Abelardo Bolinha.

“Eu resolvi chamar de Estação Primeira, porque era a primeira estação de trem, a partir da Central, onde havia samba.”
(Depoimento retirado do livro Fala Mangueira, de Marília T. Barboza da Silva, Carlos Cachaça e Arthur Loureiro de Oliveira Filho)

Foi na Mangueira que criaram a ala dos compositores e a única a manter desde sua fundação a única marcação do surdo de primeira em sua bateria.
Não demorou muito para a Mangueira figurar no rol das “grandes” escolas de samba da cidade. Logo em 1932 com apenas 4 anos foi Campeã com os Enredos “A Floresta” e Sorrindo”

“Sorrindo, sorrindo sempre
Porque eternamente
Hei de sorrir pra não chorar
Pra não lembrar de quem sofreu”
(Enredo: SORRINDO - Autor(es): Zé com Fome)


Em 1933 a verde e rosa conquistou seu 1º Bi-campeonato com os Enredos “Uma 2º feira no Bonfim da Bahia: Homenagem” na qual homenageavam Castro Alves, Olavo Bilac e Gonçalves Dias, e “Uma 2º feira no Bonfim da Bahia: Fita meus olhos”.

“Fita os meus olhos,
Vê como eles falam
Vê como reparam
O seu proceder
Não é preciso dizer
Deve compreender
E até mesmo notar
Só no meu olhar”

(Enredo: UMA 2a.FEIRA NO BONFIM DA BAHIA : FITA MEUS OLHOS - Autor(es): Cartola)

E conquistou o tricampeonato em 1934 com a “Divina Dama/República da Orgia”. Com isso a Mangueira com menos de 10 anos já era tri campeã do Carnaval Carioca, daí já imaginavam que desabrochava uma grande Campeã.
Após 6 anos de sua última conquista, foi novamente campeã com o Enredo “Prantos, Pretos e Poetas”. Em 1949 novamente conquista o campeonato com o enredo “Apologia ao mestre” que em seu desfile homenageavam Rui Barbosa, Miguel Couto, Ana Nery e Osvaldo Cruz. E em 1950 conquista seu segundo bi-campeonato com o Enredo que falava do “Plano Salte – Saúde, Lavoura, Transporte e educação”. Em 1954 com o enredo “Rio de Janeiro, de Ontem e de Hoje” conquista seu 8º Campeonato. Após 6 anos conquista novamente o campeonato com o enredo “Carnaval de Todos os tempos”.

“Samba melodia divina
Tu és mais empolgante
Quando vens da colina
Samba original és verdadeiro
Orgulho do Folclore Brasileiro”

(Enredo: CARNAVAL DE TODOS OS TEMPOS - Autor(es): Hélio Turco, Pelado e Cícero)

E não demorou muito para ganhar seu 10º titulo e o bi-campeonato, no ano seguinte (1961), fazendo novamente um enredo sobre o Rio de Janeiro, “Recordações do Rio Antigo”.
Em 1967 encantou a todos com um samba Antológico, e se firma como campeã com o enredo “O Mundo encantado de Monteiro Lobato”. E em 1968 com um samba antológico conquista o bi-campeonato com o enredo “Samba, Festa de um povo”.
Conquista seu 12º titulo no ano de 1973 com o enredo “Lendas do Abaeté” que canta as lendas de uma antiga lagoa chamada Abaeté.
Na inaugurada do Sambódromo em 1984, marcou o início do sistema de desfiles das escolas de samba em duas noites, tendo as escolas Mangueira e Portela arrebatado o público presente, sagrando-se Super Campeã a Mangueira naquele ano em que a Mangueira foi Campeã da Segunda-feira com o enredo “Yes, nós temos Braguinha” que rendeu um excelente desfile e um samba antológico, e Portela no Domingo.
Após 2 anos, ganha novamente o desfile fazendo homenagem a Caymmi com o enredo “Caymmi mostra ao mundo o que a Bahia e a Mangueira tem“. No ano seguinte conquista seu 5º bi campeonato com o enredo “O Reino das Palavras” na qual fazia homenagem a Carlos Drummond de Andrade.

Carlos Drummond de Andrade
Suas obras são palavras
De um reino de Verdade

Itabira
Em seus versos ele tanto exaltou
Com amor
Eis ai a verde e rosa
Cantando em verso e prosa
O que o poeta inspirou

(Enredo: O REINO DAS PALAVRAS - Autor(es): Rody, Verinha e Bira do Ponto)

Voltou a ser campeã novamente em 1998, homenageando Chico Buarque de Holanda com o enredo “Chico Buarque da Mangueira”.

É o Chico das Artes... O Gênio
Poeta Buarque... Boêmio
A vida no Palco Teatro e Cinema
Malandro Sambista Carioca da Gema

(Enredo: CHICO BUARQUE DA MANGUEIRA - Autor(es): Nelson D. Rosa, Vila Boas, Carlinhos)

Em 2002, após 4 anos de sua ultima conquista, a Mangueira é campeã do Carnaval Carioca conquistando seu 18º campeonato com o Enredo “Brazil com “Z” é para cabra da peste, Brasil com “S” é a nação do nordeste”.
Mesmo com algumas fases não tão boas para a verde e rosa. A Mesma pode se orgulhar pela sua irregularidade nos títulos, pois é a única escola de samba que ganhou títulos em todas as décadas. É a escola carioca que mais vezes ganhou o Prêmio Estandarte de Ouro oferecido pelo Jornal O Globo aos melhores de cada categoria, atualmente detêm 67 troféus.
A Mangueira ficou muito conhecida por ter adotado a fórmula a alguns anos de homenagear uma personalidade em seu desfile, mas nem sempre isso deu certo.
Em nosso desfile não poderia deixar de falar dos Grandes Sambas da Verde e Rosa que por algum motivo não se consagraram campeões, como “As quatro Estações do Ano” (1955), “Cem anos de Liberdade, realidade ou Ilusão“ (1988), “Casa Grande e Senzala” (1962) “Vale do São Francisco”(1948), “Mangueira em tempo de Folclore” (1974), “O Grande Presidente” (1956), “Brasil, Ciências e Artes” (1947), “Imagens Poéticas de Jorge Lima” (1975), etc.
E Também alguns desfiles que os torcedores querem esquecer, mas só da Quarta-feira de cinzas pois o desfile ficará guardado para sempre, como: “Os Dez Mandamentos: O Samba da Paz Canta a Saga da Liberdade” (2003), “Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão?” (1988), “Século do Samba” (1999), “E deu a louca no barroco” (1990) e “Verde que te quero Rosa” (1983), entre outros...