sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

GRESV Bambas do Samba Friburguense


Nome da Escola: G.R.E.S.V. Bambas do Samba Friburguense
Fundação: 20/09/2010
Cidade-Sede: Nova Friburgo – RJ
Cores: Verde, Vermelho e Branco.
Símbolos: Cão Sentado.

Presidente: Rafael de Caxias.
Vice Presidente: Natália Silva.
Carnavalesco: Márcio Jr.
Intérprete: Nêgo Dalw.

Enredo 2011: “Mistura de raça, cultura e fé... Salve o Candomblé...”

Num tempo muito distante, quando o planeta era um vasto oceano... Uma forte luz brilhou iluminando e clareando Orum... Era o grande Deus, Olorum criando o mundo, e tudo o que há nas águas e terras.
Oxalá ficou com a função de criar o homem, e assim foi feito... modelando-o em barro, soprou-lhe a vida.
Os elementos naturais fundamentais à vida na terra, foi dividido e dado aos Deuses para ter o seu domínio... A terra e seus elementos ficaram com Obaluaê, Ossanha e Oxossi; As águas com Iemanjá, Oxum e Nanã; O fogo sobre o poder de Xango e Ogum; o ar com o domínio de Iansã; As chuvas e o arco-íris com Oxumaré; e Exú, o grande guardião dos templos, mensageiro divino dos oráculos...dono de tudo um pouco...

África, berço da civilização Yorubá e tradições religiosas, foi o cenário onde Oduduá fundou a cidade de Ilè Ifé, após o término da criação do mundo...Cidade essa ornamentada de esculturas em pedras, bronze e artefatos em pérolas; Foi o lugar onde os orixás povoaram e viveram aqui na terra.
Ao voltar para Orum, os Deuses deixam na cultura africana todos os seus conhecimentos, costumes e o forma de cultuá-los, seus toques e rituais...seguindo uma nova forma de devoção, fidelidade e fé – Funda-se uma nova religião...
Religião cultuada por várias nações africanas....Jeje, povo da região de Dahomé; Ketu ou Alaketu; Efan e Ijesá; Nagô, que deu origem a cultura Yorubá; entre outras...

Guiados e guardados por Iemanjá, mãe de todas as cabeças e rainha das águas, os navios negreiros deixam sua terra, Mãe África, e cortam os oceanos para a escravidão no Novo Mundo.
No Brasil, em busca da liberdade, os filhos da África deixam as diferenças e ódios e unem-se pela fé.
Um país miscigenado, onde há uma imensa mistura de etnias, costumes e tradições...um verdadeiro caldeirão da miscigenação.
Na religião ocorre a fusão de todas as misturas, cerimônias e cultos fundamentada na cultura Yorubá ( Nagô ), a partir de então...denomína-se “ Candomblé “...
O “ Candomblé “ mantém acesa a ligação e as correntes culturais entre a África e os negros no território brasileiro.
Surge na Bahia, na cidade de Salvador, a mais antiga casa de Candomblé, a “ Casa Branca do Engenho Velho “.
Sofrendo rejeições, opressões e preconceitos, o Candomblé foi perseguido e condenado, seus seguidores tratados com violência por parte da polícia que invadia os terreiros...
Figuras marcantes como Mãe Senhora, Mãe Menininha do Gantois do terreiro dos Gantois...filha de Oxum, foi a grande mãe –de-Santo do Candomblé no Brasil; João Alves Torres Filho, Joãozinho da Goméia...foi o primeiro pai-de-Santo conhecido, irreverente e inovador, chegou a fazer despacho para Exu em plena Praça XV; Tio Joaquim; Tio Elísio; Martiniano Bonfim; preservaram o legado deixado pelos orixás e cultuaram seus preceitos com a força da fé, mantendo viva a chama do “ Candomblé”.

A força da religião, leva o povo a continua fazendo oferendas, batendo tambor, acendendo chamas das lâmpadas do sacrifício e pedindo axé, muito axé e luz aos orixás...

Com todo respeito, curvo-me a todos os orixás....
Axé....
Salve o Candomblé!
Carnavalesco: Marcio de S. Venâncio Junior